domingo, janeiro 28, 2007

Perspectivas


Ainda era tarde nos dias em que anoitece cedo,
Mais uma, correndo larga para o esquecimento,
E eu sabia não ter por de perder não ter medo
Mas "não querer é poder" a qualquer momento.

Ainda, entre um pulsar latente e sem sentido,
Compassado no tempo próprio do desalento,
Meio coração latejante, ardendo, oprimido,
Mediando a vida, dobrado da morte o intento.

Já ao ouvir tua voz, tons quentes guardei ao ocaso,
Desse instante aqueci outros, pardos, desde então,
Por seus frios tremores a que os temores dão azo...


E já da vida, por sua constante incerteza tornada linda,

Amazona num galope, agora uno, cheio de intenção, tão...
Sinto o quanto - tanto! - ela, a minha, é tua, já... e ainda!


"(...) O amor é essa força incontida
Desarruma a cama e a vida
Nos fere, maltrata e seduz
É feito uma estrela cadente
Que risca o caminho da gente
Nos enche de força e de luz (...)"
Vinícius de Morais, Deixa Acontecer