Quando rever é ver de novo,
Esperanço, a cada segundo,
Iluminar, oh Deusa que louvo,
Com teu raiar o meu mundo!
E, de tal dealbar o vislumbre,
Me assoma tamanho assombro
Quanto pode haver deslumbre,
Tanto, que à noite pões cobro!
À tua luz nada mais vejo,
Sequer ao céu estrelas invejo,
Teu brilho cega meu crer...
Um sentir que não vendo,
Um dia, imenso, crescendo,
Verão me cria no querer!
____Foto de Giacomo Sardi
"(...)
Tens os raios fortes a queimar
Todo gelo frio que construí.
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti.(...)"
Tiago Bettencourt, Canção Simples
quinta-feira, março 08, 2007
domingo, janeiro 28, 2007
Perspectivas
Ainda era tarde nos dias em que anoitece cedo,
Mais uma, correndo larga para o esquecimento,
E eu sabia não ter por de perder não ter medo
Mas "não querer é poder" a qualquer momento.
Ainda, entre um pulsar latente e sem sentido,
Compassado no tempo próprio do desalento,
Meio coração latejante, ardendo, oprimido,
Mediando a vida, dobrado da morte o intento.
Já ao ouvir tua voz, tons quentes guardei ao ocaso,
Desse instante aqueci outros, pardos, desde então,
Por seus frios tremores a que os temores dão azo...
E já da vida, por sua constante incerteza tornada linda,
Amazona num galope, agora uno, cheio de intenção, tão...
Sinto o quanto - tanto! - ela, a minha, é tua, já... e ainda!
"(...) O amor é essa força incontida
Desarruma a cama e a vida
Nos fere, maltrata e seduz
É feito uma estrela cadente
Que risca o caminho da gente
Nos enche de força e de luz (...)"
Vinícius de Morais, Deixa Acontecer
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