Para trás ficam as brancas espumas,
Galopando como tempestuosas nuvens,
Pela eterna cruzada de terra santa conquistar!
Para trás fica o grito de guerra,
Trovejante clamor retumbante, irado,
De imberbe amante e seu vigor apressado
Sobre um ventre de areia e rocha desarmado.
Trovejante clamor retumbante, irado,
De imberbe amante e seu vigor apressado
Sobre um ventre de areia e rocha desarmado.
Para trás fica o ar que em meu peito se esgota,
A luz que meus olhos cega, o cheiro que minha vida impregna
E o nada que me cerca e onde nadando me afogo.
Em tenebrosas trevas mergulhado
Num borbulhante silêncio vou sofucando
Ouso à superfície inspirar mas, logo que possa, amaro...
Num borbulhante silêncio vou sofucando
Ouso à superfície inspirar mas, logo que possa, amaro...
"Quando a pátria que temos não a temos
Perdida por silêncio e por renúncia
Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades"
Sophia de Mello Breyner Andresen, Exílio
Perdida por silêncio e por renúncia
Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades"
Sophia de Mello Breyner Andresen, Exílio
1 comentário:
Epá, ó Pinto.
Já não te visitava à anos luz, e aqui chego e levo logo com mais uma manifestação de puro talento literário?!
Vai mazé escrever um livro pá!!! :P
Mais a sério... acho que devias sinceramente pensar nisso!
Hasta
Abraço
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