Jose Gonzalez, Hand on your heart
Liberta-se minha memória
Como a folhagem de Outono
Se solta do ramo, seu dono,
Voando dourada de glória.
E em meus olhos pranteados
Reflete sorrisos de outrora,
A alegria também se chora,
Quando por nossos sonhos guiados.
Mas tal delírio, efémero quanto belo,
Não tarda a pousar, aguarda o Inverno
Que a vida sem ti torna eterno.
Eu, da solidão e loucura, um elo
Voltarei a sonhar? A sorrir? Chegue a hora!
Ou neste frio morra sem mais demora!
"Rei, muito sábio, tu podes dizer:
Quem, sepultado vivo, no fundo
Da terra, longe do sol e do mundo
Morre, e no entanto, torna a viver?"
Antigo Testamento, A rainha de Sabá em Jerusalém
4 comentários:
mais um belo poema, acompanhado por uma musica de mais um grande músico!!
abraço
Claro que vais voltar a sonhar, a sorrir, a amar, quem escreve assim ainda esconde muitos sonhos, muitos quereres..
Beijinho, grande..
Cuze, mais uma vez muito obrigado. Espero poder continuar a somar textos e poemas das minhas vivências e experiências subtraindo-lhes melancolia.
Abraço
Susana, nas tuas palavras esconde-se um copo meio cheio. Muito Obrigado!
Aqueço pensando no quanto ainda estará para vir e que sequer imaginando vejo. Os meus sonhos e quereres tem de aprender a viver por si, serão o calor com que enfrentarei os rigores de um frio gelado.
Beijinho
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